Lifestyle | Dona Micas entrevista... Judite Resende #4

E porque rir é sempre o melhor remédio, apresento-vos Judite Resende, uma expert na arte de rir! Conheci a Judite há algum tempo e achei super interessante partilhar, aqui no blog, como um acto tão simples como o rir, nos pode fazer um bem imenso.


Nome: Judite Resende  
Idade: 32 anos   
Profissão: Formadora e Facilitadora de Desenvolvimento Pessoal



Apresenta-te, fala-nos um pouco à cerca de ti.
Sou a Judite, a Ju para os amigos e a Kika lá em casa. Sou uma sonhadora e coloco essa energia, a de que tudo é possível, nas coisas que faço.
Palavras como ajuda, partilha, dar e receber fazem muito sentido para mim. São como palavras de ordem na minha motivação diária.
A minha imagem de marca é o meu sorriso. Uma vez tentaram que eu fizesse uma cara triste numa sessão fotográfica, mas desistiram porque o músculo está demasiado treinado para este formato.
Sou uma apaixonada pela interação com as pessoas e estou sempre a absorver conhecimento em todo o lado. Todos os dias invento coisas novas para fazer ou desenvolver. Raramente saio de casa sem um caderno e uma caneta para poder ir escrevendo todas as ideias.
Se neste momento não fizesse o que faço, estaria a percorrer o mundo de mochila às costas, sem data para voltar. Levaria apenas coisas muito essenciais e algo onde pudesse escrever para partilhar a minha viagem.
E no final da minha vida muito provavelmente serei conhecida como escritora ou pintora. Neste momento não tenho dedicado muito a estas paixões, mas vejo-as como as profissões da minha maturidade.
Por agora dedico-me, entre outras coisas, a fazer crescer a Laranja –Desenvolvimento Pessoal e levar as minhas facilitações a cada vez mais pessoas.

Esclarece-nos acerca da tua profissão, o que faz exatamente um terapeuta do riso?
Um terapeuta do riso é um facilitador de ferramentas de autodescoberta e desenvolvimento pessoal, que tem como base de trabalho a indução de um estado positivo no corpo e na mente.
Através de exercícios de provocação do riso, sob a forma de dinâmicas individuais ou em grupo de extra ou introspeção com o complemento da provocação de pensamentos positivos sob a via da partilha de emoções e estados positivos da mente.
O que acontece durante uma sessão de terapia do riso, mais propriamente Yoga do Riso que é a minha base de formação é que entramos num estado de meditação ativa, passamos a estar naquele momento, presentes, longe das preocupações, pensamentos negativos e dores físicas ou emocionais. Passamos a ter uma maior consciência do nosso poder quando utilizamos o riso.
Neste processo, a facilidade que o participante tem em rir é condicionamento apenas no tempo em que entra neste estado meditativo, pois o nosso cérebro não distingue o riso falso do verdadeiro para poder segregar hormonas como serotonina, endorfina, dopamina e até adrenalina. Assim, independente da vontade de rir, todos beneficiam deste presente que o nosso corpo se oferece.
Claro que a prática e a interação vão permitir que de sessão para sessão o efeito seja mais rápido. Com a prática cria-se o hábito de rir mesmo fora da sala, atingindo o lema desta ferramenta: Rir sem motivo!


Como te ligaste à terapia do riso?
Eu tenho formação académica na área da ecologia, onde me licenciei e inclusivé frequentei um curso de mestrado. O ambiente sempre foi uma preocupação pessoal, mas a escolha desta área de estudos foi casual, porque não sabia o que realmente me motivava profissionalmente.
Quando comecei a trabalhar como formadora descobri que adorava esta profissão. Apaixonei-me pela partilha com as pessoas e cada vez mais me especializei em formação comportamental.
Foi na busca de ferramentas práticas para uma formação de gestão de stress que descobri oficialmente que existe a Terapia do Riso.
Decidi fazer o curso de Laughter Yoga Leader, pelo método da Laught Internacional University e a partir do dia que sai com o certificado, tudo mudou na minha vida. Estava oficializado o caminho que eu realmente queria seguir: trabalhar com o Desenvolvimento Pessoal. Entretanto também já tinha iniciado o estudo de outras ferramentas.

Para ti qual é a importância/poder do riso e os seus efeitos na vida das pessoas?
Profissionalmente utilizo a minha formação em Yoga do Riso para introduzir a facilitação de outras ferramentas de Desenvolvimento Pessoal. Ao atingir um equilíbrio orgânico com os benefícios do riso no nosso organismo é mais fácil utilizar outras ferramentas com vista ao atingimento de objetivos ou na descoberta do que nos faz felizes.
Mas da mesma forma que utilizo o riso como ferramenta, também é o meu objetivo que ele esteja sempre presente na vida das outras pessoas. O lema da Laranja é “Devolver de nós para nós o poder do riso”.
O riso é das ferramentas mais poderosas que temos, que nos traz benefícios de saúde, mas também de socialização. Ao contrário dos nossos ditados populares, o riso deve sempre estar presente e é sinal de saúde e capacidade de estar presente e estabelecer relações. É preciso que o nosso condicionamento social deixe de ser expressivo, e a nossa natureza tenha mais espaço no nosso dia a dia.
Rir é das primeiras e das últimas coisas que fazemos enquanto seres humanos, num ciclo natural de vida. Quando não temos consciência de sociedade e de todas as preocupações que o nosso estilo de vida acarreta, somos seres risonhos. Neste intervalo somos educados para deixar de o ser.


O que mais gostas na tua profissão?
Estar com pessoas. Estar com pessoas em abertura para a partilha. Gosto muito de dar e estou sempre disponível para receber.
Trabalhar com Desenvolvimento Pessoal traz-nos a este momento. E isso faz-me feliz e concretizada com aquilo que me proponho fazer nesta área.
A consciência da diversidade humana, mas também das características em que convergimos. Em ambas posso, com aquilo que sei fazer, ajudar que as pessoas me procuram levem algo mais com elas. Na verdade, muitas vezes levam o mesmo mais a consciência do que traziam e não sabiam.

Para o futuro vais continuar a aligeirar a vida dos portugueses através do riso ou tens outros planos/projectos que gostarias de abraçar?
Claro que sim! Eu tenho e sempre tive uma facilidade de utilizar o riso em todos os momentos da minha vida. Mas sei que está na tradição portuguesa evitá-lo quanto possível, ou induzir estados emocionais que reduzem esta capacidade.
A minha missão é desmitificar a conotação negativa que se dá ao riso, nos vários meios e relações sociais, quer em contexto pessoal e familiar, quer no contexto profissional e institucional.
O riso dá-nos poder. O poder de sermos nós próprios, de expressar a nossa individualidade e também de demarcar as nossas interações sociais. Melhora os relacionamentos e a comunicação. E é um auxiliar num caminho com felicidade, algo que tantos de nós procuramos.
A nossa sociedade começou a mudar. Cada vez mais há uma preocupação para o conhecimento e desenvolvimento do eu. Mas ainda há muito trabalho pela frente.
Como este não é o único método com que trabalho e adianto que se aguardam muitas novidades.
Tenho um objetivo claro, de ser a minha melhor versão. E como facilitadora de desenvolvimento pessoal integro às ferramentas que adquiro um trabalho com o coração e intuição. E enquanto sentir que posso saber ou fazer um pouco mais pelas pessoas, vão existir sempre projetos novos.

Como é o teu dia a dia?
Como tenho várias atividades com que trabalho, o meu dia a dia não tem um formato típico. Varia com a agenda de trabalho, mas tem alguns momentos que tem características muito comuns.
É exemplo disso a minha rotina matinal, logo após acordar. Sempre que posso e me consigo deitar cedo, vou ao ginásio logo de madrugada.
É importante para mim ter um momento para me centrar e meditar sobre mim, e organizar o meu dia, por isso há sempre um momento para estar nessa comunhão comigo mesma.
A seguir, um pequeno-almoço, que normalmente não é pequeno e que gosto de o tomar com calma.
O resto do dia vai indo com as atividades e compromissos. E sempre que posso termino o dia com um café ou um jantar com pessoas próximas.
A maior parte das vezes entusiasmo-me com os meus projetos e ainda trabalho depois disso. Se me perguntasses agora por um animal com que me identifico, eu responderia que é a coruja, porque a minha sapiência e criatividade é muito activa à noite.

O que mais gostas de fazer nos teus tempos livres?
Aprender, passear e sonhar.
Aprender coisas novas e que não tenham uma ligação direta com o que faço. Aprender só pelo prazer de saber um pouco mais.
Passear sem tempo nem destino marcado. Fazer uma road trip ou uma descoberta pelas ruas de uma nova aldeia ou cidade. Quando o tempo é mais apertado, explorar os cantos da cidade onde vivo.
Sonhar e partilhar esses sonhos, na escrita, na pintura ou em trabalhos manuais. Criar e procurar coisas novas. Ler.

Gostas de moda? Como definirias o teu estilo?
Gosto muito, e durante a adolescência durante muito tempo pensei seguir a área do design de moda. Com o tempo fui afastando desse objetivo e faço algumas coisas só por diversão.
Quanto ao meu estilo não tenho um estilo definido. O meu estilo é muito meu, muito emocional e orientado para estar integrado com o conjunto de atividades onde vou estar naquele dia. Há dias que me encontram muito formal de ambiente colarinho branco, outros em que poderia ter acabado de sair de um evento flower power.
Claro que junto à minha personalidade algumas peças tendência, se me fizerem sentir especial quando as compro.


Quais as peças que não dispensas? Que cores preferes usar?
No meu roupeiro é difícil encontrar calças, mas tenho sempre uns jeans básicos que possa levar para qualquer lado. Normalmente é a peça das viagens ou do dia “não tenho nada para vestir”.
O resto varia de saias e muitos vestidos com vários cumprimentos, cortes, estilo…
Quanto às cores, sou uma black addict, principalmente no inverno. No verão vou variando mais entre os tons pastel, claro conforme as tendências da cor do ano, mas com uma tendência para old pink.

És uma make up addicted ou adepta da cara lavada?
Sempre com make up, a menos que vá dormir ou para a praia. E mesmo para aqui, há sempre qualquer coisa que se possa acrescentar para complementar o protetor.
Faz parte do meu ritual matinal, mesmo que fique em casa, maquilhar-me. Estar sempre pronta para as surpresas do dia.
Sempre tive a predisposição para estar no meu melhor e agora que também trabalho com cosmética (eu disse que fazia várias coisas) tenho uma dedicação maior.

Um dia perfeito seria…
Num dia de sol seria levantar-me e ir correr junto ao rio ou ao mar, sem preocupação com a hora de voltar. Pelo caminho parar para tomar o melhor pequeno-almoço, o mais próximo possível da água.
Depois de algumas horas a facilitar desenvolvimento pessoal, algumas interações com pessoas e tempo para escrever ou produzir peças de criação manual.
E depois deste dia de trabalho, estaria pronta para mais um pouco de luz e sol e fins de tarde com pessoas especiais na minha vida. Se possível, ficar em animadas conversas pela noite dentro.
Nos dias de chuva gostava de aproveitar para programas mais culturais e algum tempo no sofá para pôr algumas séries e livros em dia.


Beijo*
Dona Micas

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